O paciente não é o único que sofre com as consequências da sua perda auditiva. É desgastante para o relacionamento, a falta de atenção! Tudo que desejamos ao chegar em casa é ter o conforto do diálogo com familiares e parceiro.
Muitas vezes, a perda auditiva é confundida com falta de atenção e amor. Descuidar da sua dificuldade auditiva, é descuidar-se da saúde e do relacionamento familiar, pois a perda auditiva impõe implicações psicossociais sérias para o deficiente auditivo e para os indivíduos que convivem com ele, principalmente para o cônjuge.
Muitas vezes, a preocupação com o “gasto” financeiro envolvido na utilização de aparelhos auditivos, tardia o diagnóstico e o tratamento. Observa-se porém que o isolamento das conversas familiares, a irritabilidade e a desconfiança por não compreender o que foi dito, podem gerar um desgaste irreparável.
Os pacientes se beneficiam emocionalmente quando familiares e amigos entendem as suas dificuldades e o auxiliam durante o processo de reabilitação, principalmente no primeiro passo: marcar uma consulta! Familiares e amigos podem fornecer diversas formas de incentivos para o paciente aprender sobre a sua perda auditiva e ajudá-lo a buscar tratamento.
Ambos, os pacientes e suas famílias, podem se beneficiar se as suas famílias também participam do processo de orientação e aconselhamento.
Converse com seu parceiro sobre as suas preocupações de audição:
• Sutilmente, faça-o perceber a dificuldade em ouvir, cada vez que você “traduzir” ou repetir algo pra ele;
• Recomende que procure um médico ou um fonoaudiólogo para ter as suas perguntas respondidas;
• Ofereça-se para agendar uma consulta auditiva e ir com ele;
• Convença-o de que não tem nada a perder e tudo a ganhar ao visitar um profissional da audição.
Cassandra Santiago da Cunha Fonoaudióloga
Jaqueline Moretto dos Santos Fonoaudióloga
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