Os sintomas de fadiga vocal geralmente
incluem queixas como: esforço para falar e para sustentar o discurso, além de
uma voz cansada e fraca. Relatos clínicos indicam que a fadiga vocal está
relacionada ao uso excessivo ou mau uso da voz sem uso de técnica vocal, estar
emocionalmente ou fisicamente alterado e discursar por longos períodos. Também
pode envolver mau uso e tensão muscular extrema da laringe, mesmo na ausência
de patologias vocais. A fadiga vocal pode estar
relacionada também ao estresse, dormir mal e a mudanças climáticas. Sendo
assim, ela pode acometer profissionais da voz e pessoas que não a usam com essa
finalidade.
Estudos têm indicado que o treinamento vocal formal é benéfico
para a resistência vocal. Isto é, pessoas que realizam aquecimento e
desaquecimento vocal parecem ser menos suscetíveis à fadiga vocal do que as
pessoas que não possuem treinamento vocal, ou seja,
pessoas que utilizam a voz como instrumento de trabalho muitas vezes aquecem
suas vozes antes de uma atividade para combater ou retardar a fadiga vocal ou,
mesmo, prevenir uma lesão.
Devido a associação do uso indevido da voz com a fadiga do mecanismo
vocal em muitos distúrbios da voz, é preciso estar ciente de que as pessoas que
manifestam queixas de fadiga, apresentam fatores de risco para o
desenvolvimento de disfonia funcional e consequentemente podem desenvolver
patologias orgânicas tais como nódulos, pólipos ou cistos vocais.
Portanto, fique atento aos sintomas, cuide da sua voz!
Abaixo dicas para manter sua voz saudável:
Abaixo dicas para manter sua voz saudável:
- Desenvolva uma escuta diferenciada, prestando atenção em sua voz e na voz dos outros;
- Procure reduzir a força com que você fala;
- Melhore suas condições físicas;
- Respeite seus horários de alimentação e descanso e veja se há possibilidades de introduzir melhorias em seu ambiente físico de trabalho;
- Para aliviar uma voz cansada, fale mais devagar, articule bem as palavras, abra a boca ao falar e module sua voz, pois tais mecanismos contribuem para que você tenha um menor desgaste vocal;
Bibliografia:
1. Dragone MLS,
Behlau M. A fonoaudiologia brasileira e a voz do professor. Rev Fonoaudiol Bras
2006;4(2):1-3.
2. Gotaas C, Star CD. Vocal fatigue among
teachers. Folia Phoniatr. 1993;45:120–129.
3. Laukkanen, A.M.; Ilomäki, I.; Leppänen, K.;
Vilkman, E. Acustic Measures and Self-reports of Vocal Fatigue by Female
Teachers. Journal of Voice, 2008, v.22, n. 3, 283-289.
Fonoaudióloga Tanise Cristaldo - CRFa RS 9465.
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