Sabemos
que a psicologia estuda os fenômenos e comportamentos do ser humano, através da
análise das emoções, ideias e valores. A psicoterapia caracteriza-se por uma
intervenção ou tratamento de questões normalmente psíquicas, que o paciente
aponta como problemáticas e causadoras de sofrimento. Neste sentido,
apresenta-se como um espaço contentor e confidencial de partilha e reflexão,
realizado a dois, isto é, entre o psicoterapeuta e o paciente, no qual se
promove um processo de crescimento e ao mesmo tempo de mudanças na vida de
determinada pessoa, respeitando a sua história pessoal, ritmos e motivação,
partindo do ponto de evolução emocional que se encontra o paciente.
Porém muitas vezes nos deparamos com um paciente
que chega trazendo a queixa da dor, seja ela de ordem emocional ou física, e,
portanto necessitando de alívio. A dor é algo real, concreta na medida em que é
experiência, mas é também subjetiva, pois a vivência interna dela e a própria
descrição da dor é uma experiência subjetiva e individual. Às vezes a dor
psíquica é vista como consequência de enfermidades físicas, e por outro lado,
podemos considerar essa dor, como origem no psíquico. Para um olhar psicológico,
não há divisão entre dor psíquica e dor física.
Se partirmos da ideia de, que o ser humano é um
ser multidimensional, então o corpo físico passa a ser um desses níveis, e não
o único. Esses níveis são interligados e se influenciam mutuamente, de forma
direta e indireta. Inconsciente e consciente, corpo e psique são dois lados de
uma única moeda – o organismo.
Psicóloga Maria Adelaide Silva dos Reis
0 comentários
Postar um comentário