A Deficiência
Auditiva (DA) exerce importante impacto sobre a comunidade, seja do ponto
de vista econômico, envolvendo altos custos na sua detecção e
reabilitação, seja do ponto de vista psicossocial, não apenas para o indivíduo,
como para sua família e sociedade.
Depois
de detectada a DA convém agilidade no início da reabilitação auditiva, visto
que temos períodos de prontidão para o aprendizado e fatores, como privação
auditiva, que podem interferir no processo de reabilitação.
A
DA Pós-lingual surge quando a pessoa fala e lê, em geral não ocorre regressão
da linguagem pela privação auditiva, pois temos o apoio da leitura.
O
intuito da reabilitação auditiva é desenvolver ou devolver a capacidade de
percepção auditiva ao indivíduo portador de deficiência auditiva com auxílio de
dispositivos que possam amplificar o som. Dentre esses, citamos o Aparelho de
Amplificação Sonora (AASI) e o Implante Coclear (IC).
O
desenvolvimento da percepção de fala e aquisição de linguagem, bem como, o
sucesso da reabilitação, nos adultos com deficiência auditiva pós-linguais depende
de alguns fatores determinantes como: tempo de privação auditiva, modo de
comunicação ou tipo de reabilitação, etiologia e época da instalação da surdez,
expectativa e motivação do paciente e terapeuta, além do engajamento da família na reabilitação.
É
incorreta a idéia de que o paciente pós-lingual não necessite do treino
auditivo formal em ambiente terapêutico, e do treino auditivo orientado,
realizado no contexto familiar ou social desse indivíduo. Todos os pacientes,
independente da época de instalação da DA, dependem para que seus resultados
sejam positivos da eficácia do treinamento auditivo formal e do engajamento nas
atividades orientadas fora do ambiente terapêutico. Entre os benefícios, está a
capacidade de controlar a própria voz, melhorando a qualidade vocal e adequando
a intensidade.
Referências:
BOÉCHAT, E. M.; RUSSO, I. C .P.;
ALMEIDA, K. Reabilitação do adulto
deficiente auditivo. In: ALMEIDA, K.;
IÓRIO, M.C.M. Próteses auditivas:
fundamentos teóricos e aplicações clínicas. 2. ed. São Paulo: Lovise, 2003. p. 437-446.
Scaranello CA. Reabilitação
auditiva pós-implante coclear. Medicina (Ribeirão Preto) 2005: 38 (3/4):
273-278.
Fonoaudióloga Tanise Cristaldo - CRFa RS 9465.
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