terça-feira, 1 de abril de 2014
Meu filho fala errado! O que devo fazer?
Depois do nascimento do filho, a primeira palavra pode ser o próximo evento importante! Sonhamos que seja, de preferência: “mamã” ou “papá”.
Para estimular: vamos descrever algumas “dicas” que podem ajudar!
1. Fale corretamente!
Se a criança disser “pato” em vez de “prato”, os pais devem repetir a palavra correta – de maneira exagerada, se necessário: “Ah, você quer o prato? A mamãe vai pegar o prato para você”.
2. Evite o “tatibitate”
O uso de diminutivos é instintivo quando um adulto vai se comunicar com a criança, principalmente com um Bebê. É importante empregar o vocabulário adequado desde a chegada do bebê, já que ele está desenvolvendo a fala durante os primeiros anos de vida.
3. Não use palavras substitutas.
Falar sempre corretamente com a criança é a melhor escolha que os pais podem fazer. Falar errado ou substituir palavras por outras inexistentes, mas mais fáceis – como mamadeira por “tetê” – pode parecer uma mão na roda, mas não é. Como a palavra certa é outra, a criança tem que aprender duas vezes.
4. Não antecipe nem interrompa a criança.
Quando a criança está com dificuldades para completar uma frase, ouça com atenção. Quando os pais se habituam a antecipar o discurso, a criança sempre vai esperar que alguém fale por ela.
5. Não aceite a linguagem gestual.
Muitas crianças usam gestos para conseguir o que querem. A linguagem gestual pode ser uma ponte, mas deve ser superada. Sugerimos que os pais digam: “Ah, você quer a mamadeira? Vou te dar a mamadeira”.
6. Incentive a retirada da chupeta e/ou mamadeira após os dois anos de idade.
Permitir que a criança fale com a chupeta na boca atrapalha a pronúncia e dificulta o aprendizado. Estes hábitos causam um posicionamento incorreto da musculatura da face e podem provocar um atraso importante na fala.
7. Evite que a palavra errada se transforme em uma diversão para a família.
Não raro, uma palavra falada errada soa tão divertida e engraçadinha que se torna um entretenimento familiar. Mas repetir demais a brincadeira pode trazer problemas. A palavra “engraçadinha” pode ser descrita em um diário da criança e mais tarde podemos relatar esta história e rirmos juntos.
8. Fale na altura da criança sempre que possível.
Abaixar para conversar e olhar no olho da criança é muito importante, para que ela tenha esse modelo visual. Poder observar os movimentos da boca do adulto colabora bastante para o desenvolvimento da fala infantil.
9. Se necessário, procure ajuda.
Até os cinco anos de idade ele já deve estar se comunicando de uma forma que, mesmos os estranhos, compreendam sua fala. Embora, cada criança tem um tempo de desenvolvimento próprio e isso também vale para a fala.
Existem alguns marcos gerais:
A partir dos dois anos de idade a criança já deve ser capaz de dar um movimento ao diálogo, formando frases como “quer água” ou “dá mama”.
Até os quatro anos e meio, a criança já deve conseguir usar a linguagem muito bem, explicando situações e articulando adequadamente todos os sons.
Se a criança ainda tiver dificuldades depois deste período, é indicado procurar um profissional da área. E se ela não realizou o teste da orelhinha ao nascer, é melhor correr atrás o quanto antes, e investigar a habilidade auditiva.
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